Fantasma
O seu fantasma ainda vaga ao meu lado, me pregando peças, me fazendo tropeçar. Posso ouvi-lo sussurrar em me u ouvido meias-palavras, meias-verdades. P alavras esburacadas, incompletas e totalmente dubitaveis. O eco da dúvida permanece em minha mente, seu barulho é ensurdecedor, capaz de estourar meus típanos e estraçalhar a minha alma. Sua voz soa agressiva, como as ondas do mar durante uma noite de tempestade. Meus órgãos se reviram, se contraem, e, logo em seguida, se afastam, abrindo um grande buraco em meu peito. Um vão que já está aqui, escondido há tanto tempo, que já o considero parte do meu organismo. Temo que a sua única função seja abrigar você e tudo aquilo o que costumávamos ser. As lembranças, as memórias, tornaram-se pesadelos que me assustam até quando as luzes estão acesas e meus olhos bem abertos. É inútil implorar para que me deixe dormir. Me pergunto se algum dia conseguirei quebrar as correntes que me mantém presa a você... e tenho medo, medo de me