Maresia
Sou uma alma que vaga perdida
A
procura de um verdadeiro lar,
Me
instalando em outros corpos,
Passageiros, como ondas do mar,
Insistindo
em mergulhar ao fundo
Mesmo
sem ter aprendido a nadar.
Dizem
que lar é um lugar tranquilo,
Seu
cheiro é forte como a maresia.
O
aroma tem efeito de endorfina
E
embriaga a alma como anestesia,
Fazendo
o caos que nela reside
Se
transformar em paz e calmaria.
Mas
o que eu anseio é diferente,
Não
me contento em no raso ficar,
Meus
pés não querem estar ali,
Apenas
sentindo a água quebrar.
Há
um sentimento que me guia,
E
eu, ingênua, o sigo sem hesitar,
E
me atiro cada vez mais ao fundo,
Ciente de que vou me afogar.
Logo,
meu corpo perde as forças,
E,
então, é vencido pela exaustão.
Meu
espírito faminto por exagero
Continua
preso nessa imensidão,
E
não quer entrar em consenso,
Ainda
tentando achar algo intenso.
As
ondas violentas que assustam
Me
dão o sentimento de liberdade,
Preenchendo
o vazio que carrego
Ao
que parece uma eternidade.
Afinal,
como foi que a violência
Virou sinônimo de intensidade?
Nossa, que poema lindo! Parabéns!!!
ResponderExcluirFico feliz que gostou! Obrigada!
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